Nós sabemos que a obesidade está relacionada a um maior risco de desenvolvimento de uma série de condições crônicas, entre elas a hipertensão, o diabetes e a dislipidemia (colesterol alto).
Pois a enxaqueca também está nesta lista... Pessoas acima do peso tem maior chance de terem uma eventual enxaqueca episódica (aquela cujas crises ocorrem de vez em quando) transformada em enxaqueca crônica (quando episódios de dor ocorrem na maior parte dos dias do mês).
A relação entre enxaqueca e obesidade é complexa e as relações de causa e efeito podem ser múltiplas, passando pela provável ingesta de alimentos com maior índice glicêmico (sabidamente associados a uma frequência de crises de enxaqueca), até o sedentarismo.
Uma das maneiras de se abordar pacientes que sofrem com enxaqueca crônica, portanto, é justamente trabalhando a perspectiva de redução do peso, de preferência contando com ajuda multidisciplinar, de profissionais das áreas de metabologia, gastroenterologia, psicologia etc.
O processo de perda de peso pode ser bastante desafiador, principalmente para pessoas que sofrem com a obesidade há vários anos. No entanto, é perfeitamente possível. As estratégias de tratamento bem sucedidas vão muito além dos tradicionais "comer menos" e "se exercitar mais".
David Márcio B. Santos - Neurologista em Campo Grande
CRMMS: 11574 RQE: 6870
Campo Grande - MS
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